Tiroteio em escola de Sobral deixa dois mortos e três feridos

Tiroteio em escola de Sobral deixa dois mortos e três feridos

O que aconteceu na Escola Estadual Professor Luis Felipe?

Na manhã de quinta‑feira, 25 de setembro de 2025, a tranquilidade do recreio da Escola Estadual Professor Luis Felipe foi quebrada por um tiroteio em escola. Dois jovens, Victor Guilherme Sousa de Aguiar, de 17 anos, e Luis Claudio Sousa Oliveira Filho, de 16, foram alvejados enquanto estavam no pátio. Eles estudavam na instituição e participavam dos times de futsal da cidade.

Além dos mortos, três adolescentes foram feridos. As identidades e idades das vítimas ainda não foram divulgadas. Segundo o secretário de Segurança do Ceará, Roberto Sá, um dos sobreviventes tem histórico criminal que inclui homicídio, roubo e porte ilegal de arma.

As imagens das câmeras de segurança mostram dois suspeitos chegando em uma motocicleta, parando na calçada da escola, desembainhando armas e efetuando disparos antes de fugir. A Polícia concluiu que o ataque foi premeditado. Até o momento, os criminosos foram identificados pelas investigações, mas continuam foragidos, e seus nomes não foram tornados públicos.

Repercussões, investigação e medidas de apoio

Repercussões, investigação e medidas de apoio

O governador Elmano de Freitas enviou a liderança da Secretaria de Segurança ao município para intensificar a busca pelos autores. Uma equipe de gestão de segurança foi deslocada de Fortaleza, a cerca de 200 km de Sobral, para coordenar as diligências.

As autoridades ainda não definiram um motivo claro para o crime. Uma linha de investigação sugere que a violência pode estar ligada a uma disputa entre facções criminosas locais. Durante a ação policial, foram apreendidos entorpecentes, uma balança de precisão e materiais de embalagem em posse de uma das vítimas, indicando possível envolvimento com o tráfico.

Em resposta ao trauma, a Secretaria de Educação do Ceará suspendeu as aulas na escola na sexta‑feira, dia 26 de setembro. Um comunicado destacou que, ao retornar às atividades, a comunidade escolar contará com apoio de psicólogos da Coordenação Regional, que irão atuar de forma continuada.

A secretaria reforçou que já adotava medidas para garantir a segurança física e psicológica dos estudantes, mas o episódio demonstra a necessidade de revisão e ampliação dessas políticas. Especialistas em segurança escolar apontam que a presença de armas nas proximidades de instituições de ensino exige, além de controle de armas, integração entre polícia, escolas e famílias.

O caso reacendeu o debate nacional sobre violência nas escolas brasileiras. Enquanto as investigações avançam, a população de Sobral segue em choque, exigindo respostas rápidas e efetivas das autoridades. O sentimento de vulnerabilidade entre pais, professores e alunos reforça a urgência de soluções que vão além da punição dos criminosos, abrangendo prevenção e apoio psicossocial duradouro.