- Sofia Antunes
- 12 setembro 2024
A marca deixada pelos ataques de 11 de setembro no mercado financeiro
O ataque às Torres Gêmeas, em 2001, não afetou apenas a psique americana e a geopolítica global, mas também atingiu duramente os mercados financeiros. Os ataques terroristas de 11 de setembro levaram ao fechamento da Bolsa de Valores de Nova York por três dias, algo sem precedentes na história do mercado moderno. Quando Wall Street reabriu, no dia 17 de setembro, os impactos foram imediatos. O Dow Jones caiu robustamente e outras bolsas mundiais sofreram perdas significativas. Esse evento destacou a vulnerabilidade dos mercados a eventos geopolíticos, muitas vezes imprevisíveis.
Os eventos de 11 de setembro transformaram a percepção de risco no mercado financeiro. Antes do ataque, poucos investidores estavam preparados para lidar com uma crise desencadeada por um ataque terrorista. Após o reabertura, houve um aumento na aversão ao risco, com muitos optando por investir em ativos considerados mais seguros, como ouro e títulos do governo.
Repercussões econômicas e lições aprendidas
Além da oscilação do mercado de ações, houve um impacto significativo na economia real. Setores como o transporte aéreo e turismo sofreram uma grande retração, o que levou à perda de inúmeros empregos. Nos anos que se seguiram, as empresas começaram a investir mais em medidas de segurança e contingência de riscos, mudanças que se consolidaram no tecido empresarial de forma duradoura.
A falência do Lehman Brothers e a crise financeira global
Sete anos depois, o mundo financeiro foi novamente abalado, desta vez pela falência do Lehman Brothers em 2008. Fundado em 1850, o Lehman era um dos mais antigos e respeitados bancos de investimentos nos Estados Unidos. No entanto, ele não conseguiu sobreviver à crise das hipotecas subprime que devastou o setor imobiliário e, em última análise, todo o sistema financeiro.
Em 15 de setembro de 2008, quando o Lehman Brothers entrou com pedido de falência, tornou-se a maior quebra da história dos Estados Unidos. Os mercados reagiram com pânico: o S&P 500 caiu 4.71%, o Dow Jones 4.42%, e o Nasdaq Composite 3.60%. As ações da própria empresa despencaram 94.25%, marcando uma das piores performances da história.
Políticas de resgate e o papel do Federal Reserve
Após o colapso do Lehman Brothers, o governo dos Estados Unidos percebeu que medidas drásticas precisavam ser tomadas para estabilizar o mercado. O Federal Reserve, sob a liderança de Ben Bernanke, implementou uma série de programas de afrouxamento quantitativo. Essas políticas envolveram a injeção de trilhões de dólares na economia, na tentativa de manter a liquidez e estimular a confiança do investidor. Muitas dessas iniciativas foram controversas e polarizaram a sociedade, mas são amplamente reconhecidas por terem evitado um colapso econômico ainda mais profundo.
Lições para futuros investidores
Os eventos de 9/11 e a falência do Lehman Brothers ensinaram lições valiosas aos investidores e aos gestores de risco. Uma das principais lições é que eventos inesperados, os chamados
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