Israel ataca infraestrutura nuclear do Irã e eleva tensão a níveis inéditos no Oriente Médio

Israel ataca infraestrutura nuclear do Irã e eleva tensão a níveis inéditos no Oriente Médio

Ataques israelenses atingem coração do programa nuclear iraniano

O Oriente Médio acordou em junho de 2025 diante de uma ofensiva sem precedentes: Israel lançou operações militares massivas contra a infraestrutura nuclear do Irã, mirando instalações estratégicas, centros de comando das Forças Armadas e figuras-chave do regime iraniano. O estopim foi uma investigação recente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que acusou Teerã de violar importantes compromissos sobre a não proliferação de armas nucleares. Segundo autoridades israelenses, a ação foi motivada por relatos de que o Irã estaria à beira de atingir a capacidade de fabricar armamentos nucleares.

A decisão israelense acendeu alertas em toda a região, que já enfrentava insegurança após anos de tensões crescentes. Israel justificou os bombardeios como essenciais para evitar um "ponto sem retorno" no avanço nuclear iraniano, remetendo à retórica usada em conflitos passados, mas numa escala muito mais arriscada e agressiva desta vez. As áreas mais afetadas pelos mísseis israelenses foram instalações relacionadas ao enriquecimento de urânio e centros de pesquisa de tecnologia militar.

Diante da ofensiva, cidades iranianas viveram dias de caos, com relatos de explosões próximas a Natanz, Isfahan e até arredores de Teerã. Equipes de resgate se desdobraram para socorrer as vítimas, enquanto o balanço das autoridades locais somou pelo menos 224 mortos, a maioria civis, e mais de 1.300 feridos. Israel também sofreu baixas: 24 pessoas morreram após retaliação iraniana.

Irã responde com drones kamikaze em retaliação direta contra Israel

Irã responde com drones kamikaze em retaliação direta contra Israel

A reação iraniana veio rápido e em tom duro. A principal resposta foi o lançamento de drones Shahed 107, um novo modelo de aeronave suicida autônoma, que supostamente pode voar até 1.500 quilômetros. Tel Aviv, Haifa e outras cidades israelenses ficaram em alerta máximo – sirenes soaram vários dias seguidos, e parte da população buscou refúgio em abrigos antiaéreos devido ao temor de novos ataques.

A ofensiva dos drones, ainda que parcialmente interceptada pelos sistemas Domo de Ferro e David’s Sling de Israel, causou danos significativos e expôs vulnerabilidades no aparato de defesa do país. O comandante das forças terrestres do Irã, general Kiomars Heidari, apareceu em rede nacional para prometer "ondas de ataques ferozes" usando armas ainda mais avançadas nas próximas horas, colocando toda a região em estado de prontidão.

Com o aumento das hostilidades, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou emergência em todo o território, ativando protocolos de defesa e obrigando até bases militares afastadas a se prepararem para situações de calamidade. Enquanto isso, as principais cidades do Irã conviveram com blecautes e a presença constante de drones de monitoramento, além do temor de novos bombardeios israelenses.

O elemento nuclear se tornou ainda mais sensível nesse contexto. O Irã, que se declara signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, aumentou nos últimos meses o enriquecimento de urânio a níveis de 60%, percentual historicamente associado à capacidade de produzir combustível para armas atômicas. Israel, por outro lado, segue sem admitir oficialmente possuir bombas nucleares, embora seja amplamente reconhecido como potência nuclear regional.

Analistas políticos apontam que as decisões de guerra tomadas pelo governo de Benjamin Netanyahu têm impacto direto sobre a política local. Com sua popularidade ameaçada e sob escrutínio internacional pelo prolongado conflito em Gaza, Netanyahu pode estar tentando unir o país diante de uma ameaça externa para recuperar força interna, mesmo ao custo de agravar um confronto com potencial devastador em todo o Oriente Médio.

Enquanto diplomatas de várias potências tentam apagar o incêndio, o cotidiano de milhares de famílias em Israel e no Irã virou de cabeça para baixo, e as imagens de destruição ocupam as manchetes, acelerando temores de que a atual escalada possa precipitar o maior conflito regional das últimas décadas.