Um espetáculo de ataque no derbi madrileno
Quando o Atlético recebeu o Real no último fim de semana, ninguém esperava uma contagem de gols tão alta. Ainda assim, a partida acabou sendo um verdadeiro festival de finalizações, com nove tentativas convertidas em rede. O argentino Julián Álvarez roubou a cena ao abrir o placar com uma cobrança de falta que fez o goleiro madridista se contorcer. A bola descreveu uma curva perfeita, batendo no canto superior do gol e deixando a defesa sem reação.
Logo depois, Álvarez colocou o nome na lista de artilheiros ao converter um pênalti com a mesma tranquilidade com que costuma marcar até os maiores defensores. O duelo de bolas paradas e pênaltis acabou se tornando a marca registrada da noite, mas o ataque atlético não parou por aí.
- 23' – Álvarez (faltas).
- 37' – Álvarez (pênalti).
- 45' – João Félix (gol de empate).
- 51' – Éder Militão (cabeça).
- 66' – Ángel Correa (finalização de fora da área).
- 78' – Vinícius Júnior (gol de consolação para o Real).
- 84' – Luka Modrić (gol de honra para o Real).
- 89' – Álvaro Morata (gol de honra para o Real).
O Atlético fechou a partida ainda mais forte, com Correa ampliando para 5 a 2 nos minutos finais. A energia dos jogadores, a disciplina tática do técnico Diego Simeone e a pressão constante sobre a defesa do Real foram decisivas. Os madridistas, por sua vez, conseguiram duas redes, mas ambas foram fruto de um ataque improvisado, que não encontrou consistência ao longo dos 90 minutos.

Repercussões para Atlético e Real
Para o Atlético, a vitória não foi só um ponto extra na tabela; foi uma declaração de intenções. O clube mostrou que, mesmo enfrentando um dos maiores palcos do futebol mundial, tem a capacidade de dominar e impor seu estilo de jogo. A confiança que o técnico carrega agora pode se traduzir em maior firmeza nas próximas partidas, sobretudo contra equipes que ainda tem a mesma postura defensiva rígida do Real.
Já o Real Madrid sai de campo com a autoestima abalada. A derrota, descrita por alguns torcedores como uma “humilhação”, revelou falhas claras na organização defensiva e na transição entre bloco defensivo e ataque. O técnico Carlo Ancelotti tem trabalho duro pela frente: reajustar o posicionamento dos zagueiros, melhorar a marcação nas bolas paradas e dar ritmo ao meio‑campo que, na noite, ficou descoordenado.
Os próximos jogos serão decisivos para ambos os clubes. Enquanto o Atlético pode usar esse impulso para escalar posições na tabela, o Real precisará reagir rápido para evitar que a confiança deteriorada se transforme em mais resultados negativos. Os torcedores, por sua vez, já começam a sonhar com um possível duelo de título ao final da temporada, mas agora a batalha para chegar lá tem um novo protagonista: Julián Álvarez.