Formato e calendário das quartas de final
Na edição 2025 da Copa Libertadores 2025, as oitavas de final já deixaram a fase de grupos e agora a disputa segue em duelos de ida e volta. Os primeiros jogos acontecerão entre 16 e 18 de setembro, enquanto as partidas de volta – decisivas para a classificação – estão marcadas para 23 a 25 de setembro.
Os vencedores avançam para os semifinais, programados para 22 a 29 de outubro, e quem chegar à final enfrentará a luta no Estádio Nacional de Lima em 29 de novembro.
Quem tem a vantagem de jogar em casa?
Quatro clubes conquistaram o direito de decidir a partida de volta em seus domínios. A lista inclui:
- Racing Club (Argentina) – receberá o Vélez Sarsfield no Estádio El Cilindro no dia 23 de setembro.
- Palmeiras (Brasil) – jogará contra o River Plate no Allianz Parque em 24 de setembro.
- São Paulo (Brasil) – enfrentará o LDU na Arena Morumbi em 25 de setembro.
- Estudiantes (Argentina) – terá o Flamengo no Estádio Jorge Luis Hirschi também em 25 de setembro.
Ter a partida decisiva em casa costuma mudar o ritmo do jogo. O ambiente familiar, a logística mais simples e, sobretudo, a pressão da torcida podem transformar um empate em vitória ou fazer com que o adversário cometa erros que não ocorreria em um estádio neutro.
Estudos de partidas anteriores mostram que, nas eliminações da Libertadores, a equipe visitante vence menos de 30% das vezes quando joga a partida de volta fora de casa. Na prática, isso significa que Racing, Palmeiras, São Paulo e Estudiantes chegam ao duelo com um pequeno mas significativo “boleto” de vantagem.
Além do apoio da plateia, o fator deslocamento pesa. Times sul-americanos costumam enfrentar longas viagens de avião, mudanças de fuso horário e adaptação a diferentes altitudes. Jogar em casa elimina esses obstáculos e permite que o técnico prepare a equipe com treinos focados na estratégia da partida final.
Para os clubes sem o benefício da casa, a tática muitas vezes muda para um jogo mais conservador na ida, buscando segurar o resultado e levar a pressão para o confronto de volta. Já quem tem a arena como palco de decisão costuma adotar uma postura mais agressiva, tentando impor o ritmo desde o apito inicial.
Os torcedores também têm papel central. Em Buenos Aires, a torcida de Racing costuma transformar o Cilindro em um caldeirão de cantos. Em São Paulo, a energia da torcida no Morumbi é conhecida por intimidar visitantes. No Allianz Parque, o “clima de vitória” do Palmeiras pode ser determinante, enquanto em La Plata, o Estudiantes conta com um histórico de partidas marcadas por fervor juvenil.
Com a agenda já divulgada, a expectativa está alta. Cada um desses quatro confrontos promete não apenas um jogo, mas um cenário em que o fator casa pode mudar tudo. O que os resultados trarão para os próximos passos da Libertadores? Só o tempo e o vibração dos estádios dirão.
Simone Sousa
setembro 28, 2025 AT 11:56João Pedro Néia Mello
setembro 28, 2025 AT 16:44É curioso como a gente ignora o fato de que o futebol sul-americano ainda é um jogo de psicologia mais do que de técnica. O estádio não é só um local físico, é um organismo vivo, com memória, com raiva, com esperança. Quando você entra no Cilindro, você não está jogando contra o Racing, você está lutando contra 40 anos de história, contra o eco de 1988, contra o grito que nunca morre. O Palmeiras tem o Allianz, um templo moderno, mas o Morumbi? O Morumbi é um altar onde o São Paulo respira. E o Estudiantes? Lá, o futebol é quase um ritual de passagem. Não é só vantagem tática, é guerra psicológica. E o time visitante? Ele chega cansado, desorientado, com o fuso bagunçado, e ainda tem que enfrentar o peso de um estádio inteiro gritando que ele não pertence ali. Isso não é futebol, é exorcismo.
Valquíria Moraes
setembro 29, 2025 AT 20:45Francielle Domingos
setembro 30, 2025 AT 16:18É importante destacar que a vantagem do mandante na Copa Libertadores não se limita ao fator emocional ou à pressão da torcida. Estudos estatísticos da CONMEBOL, analisando os últimos 15 anos de jogos de volta, demonstram que equipes que jogam em casa têm uma taxa de vitória de 52,3% nas partidas decisivas, contra apenas 27,8% de vitórias para visitantes. Além disso, a média de gols marcados por equipes mandantes é de 1,9 por jogo, enquanto visitantes marcam apenas 0,8. A logística também é um fator crítico: times que viajam da Bolívia ou do Equador enfrentam desafios fisiológicos reais, como hipóxia e fadiga muscular, que impactam diretamente o desempenho. Portanto, a vantagem do mandante é, sim, multifatorial - e não apenas um mito popular.
Luciano Silva
setembro 30, 2025 AT 20:49Luiz Soldati
outubro 1, 2025 AT 03:28Quem acha que o fator casa é só sobre gols e torcida está perdendo o ponto. O verdadeiro poder da casa é a memória coletiva. Quando o jogador do Vélez entra no Cilindro, ele não só vê o estádio, ele sente os fantasmas dos jogos passados, os gritos dos pais que já morreram, os filhos que vão crescer com essa história. O futebol não é um esporte, é uma religião com estádios como igrejas. E o que é uma igreja sem fiéis? Um prédio vazio. O Palmeiras tem o Allianz, mas o Estudiantes tem a alma de La Plata. O São Paulo tem o Morumbi, mas o Racing tem o sangue argentino. Aí você pergunta: quem tem mais? Não é quem tem mais torcida, é quem tem mais história enterrada no chão.
Marco Antonio Pires Coelho
outubro 2, 2025 AT 13:31É incrível como a gente subestima o poder do ambiente. Não é só o grito, não é só a pressão - é o conforto. É dormir na própria cama, comer a comida da mãe, treinar no mesmo gramado que você conhece desde os 12 anos. O jogador do São Paulo não precisa se adaptar a nada. Ele já sabe onde a bola sobe mais rápido, onde o vento puxa, onde o juiz vê melhor. Enquanto o LDU está no avião, comendo comida estranha, tentando dormir com o fuso bagunçado, o tricolor já tá no treino, rindo com o massagista, ouvindo o mesmo som que ouve toda semana. É como se você fosse fazer uma prova na sua sala de aula, e o seu concorrente tivesse que vir de outro estado, sem dormir, com fome e sem entender a língua. Não é sorte. É justiça.
Lucas Leal
outubro 4, 2025 AT 07:47Renaldo Alves
outubro 4, 2025 AT 08:06Brasil 2x1 Argentina na Libertadores, só que em casa. Claro que o Palmeiras vai ganhar, porque o Allianz é um templo da modernidade e o River tá aí como se fosse um turista perdido no metrô. E o São Paulo? O Morumbi é o único estádio onde o juiz tem medo de marcar pênalti contra o tricolor. Enquanto isso, o Racing e o Estudiantes vão tentar convencer o mundo que ainda são grandes, mas o futebol moderno não tem mais espaço pra lenda. Só pra dinheiro, só pra pressão, só pra torcida que grita como se o mundo acabasse. E aí? Quem vai vencer? Quem tiver mais coragem. E o que é coragem? É não ter medo de ouvir o próprio nome sendo gritado por 60 mil vozes. E isso, meu amigo, não se compra. Se vive.