Primeiro jogo: domínio brasileiro no chão argentino
O Estadio Monumental recebeu, nesta quinta‑feira, um espetáculo de alta tensão. Palmeiras chegou à capital argentina com a missão de conseguir um resultado fora de casa que facilitasse a classificação. Desde o apito inicial, a equipe mostrou um planejamento de pressão alta, levando a bola rapidamente ao ataque e forçando erros na saída de bola do River Plate.
O primeiro gol saiu aos 12 minutos, quando o meia argentino Gómez encontrou espaço na área e finalizou aberto, surpreendendo o goleiro Damián. O lance reforçou a confiança do elenco brasileiro, que manteve a posse e, aos 31 minutos, Victor Hockey ampliou o placar após um cruzamento preciso de Luiz Adriano. O segundo tempo começou com River Plate ainda tentando equilibrar o jogo, mas a defesa palmeirense, comandada por Luan, se mostrou sólida, neutralizando as investidas de Lautaro Martínez.
A única resposta dos argentinos veio aos 84 minutos, quando Lucas Martínez Quarta, aproveitando um rebote após cobra de escanteio, empurrou a bola para o fundo das redes. O gol trouxe ainda mais emoção ao estádio, mas não foi suficiente para mudar a situação do placar. O árbitro encerrou a partida com o placar de 2 a 1, deixando o Palmeiras com a vantagem de gol fora e o moral em alta para o segundo duelo.

Próximos desafios: o que esperar do segundo jogo
Com o primeiro resultado em mãos, o Palmeiras agora volta sua atenção para a partida de volta, marcada para 25 de setembro, no Allianz Parque. A equipe contará com o apoio de sua torcida vibrante, que costuma criar um ambiente intimidador para os adversários. O técnico Abel Ferreira já indicou que pretende manter a linha de ataque agressiva, mas com ajustes defensivos para evitar o contra‑ataque do River.
Do lado argentino, o técnico Marcelo Gallardo terá que reorganizar o esquema tático para pressionar o Palmeiras desde o início e buscar o empate que ainda está ao alcance. O fator psicológico também entra em cena: a derrota em casa pode servir de motivação extra, mas a ausência de pontos pode gerar nervosismo na equipe.
Se considerarmos as estatísticas históricas das quartas de final da Libertadores, equipes que chegam ao jogo de volta com vantagem de gol fora tendem a classificar-se em 70% das vezes. Ainda assim, o River Plate possui um histórico de viradas surpreendentes, como mostrado nas campanhas de 2015 e 2018, quando superou déficits semelhantes.
Os possíveis cenários são claros: um empate em 0 a 0 ou vitória por um gol de diferença sela a classificação do Palmeiras; já um placar de 2 a 0 para o River elimina o clube brasileiro. Qualquer resultado entre 1 a 1 favorece o time argentino apenas se conseguir converter a vantagem de gols. O duelo promete ser tático, técnico e, sobretudo, emocionante.
Além dos aspectos táticos, vale observar a importância de jogadores como Dudu, que tem sido peça chave no contra‑ataque, e Luiz Felipe, que pode ser diferencial nas bolas paradas. Do River, a experiência de Francescoli, embora fora de campo, influencia a postura dos jogadores mais jovens, que sabem que ainda há muito a lutar.
Em síntese, o Palmeiras saiu da primeira partida com a confiança renovada e um caminho sem obstáculos para avançar até as semifinais. O próximo desafio será transformar essa vantagem em classificação definitiva, enquanto o River Plate terá de responder com agressividade e disciplina para virar o placar. O aguardado segundo confronto definirá quem seguirá na busca pelo título da competição mais prestigiada do continente.