Se você está curioso sobre como o povo francês escolhe seu presidente, está no lugar certo. As eleições na França são um mix de tradição e regras bem definidas que garantem transparência. Vamos explicar tudo de forma simples, sem enrolação, para que você acompanhe a campanha, entenda o sistema de votação e saiba o que pode mudar depois da apuração.
O país usa o chamado "duelo" em duas rodadas. Na primeira, todos os candidatos concorrem. Se ninguém chega a 50%+1 dos votos válidos, os dois mais votados avançam para a segunda rodada, que costuma acontecer duas semanas depois. Esse formato evita que alguém seja eleito com poucos votos e garante que o vencedor tenha maioria clara.
O voto é direto, secreto e obrigatório apenas para os maiores de 18 anos. O registro dos eleitores é feito nas prefeituras, e o dia da votação costuma ser um domingo para facilitar a mobilização. Cada cidadão recebe uma cédula com o nome e o partido dos candidatos, e o processo de contagem é supervisionado por delegados independentes.
Na corrida atual, os nomes mais comentados são o atual presidente, um líder de centro-direita que busca a reeleição, e um opositor de centro-esquerda que aposta na renovação. Além deles, há representantes de partidos verdes e de extrema direita, que podem influenciar o discurso mesmo que não cheguem à segunda rodada.
As campanhas são intensas: comícios, debates na TV nacional e muita presença nas redes sociais. Os temas que mais dominam o debate são a economia, a imigração, a segurança e as políticas ambientais. Se a primeira rodada ficar muito dividida, alianças rápidas podem surgir antes do duelo final, mudando o cenário.Os eleitores franceses costumam ser críticos e atentos às promessas de cada candidato. Pesquisas de opinião são divulgadas semanalmente e ajudam a medir a popularidade, mas ainda há espaço para surpresas até o último dia de votação.
Depois da eleição, o novo presidente assume em maio e tem cinco anos de mandato. As principais mudanças esperadas incluem reformas na previdência, ajustes nas políticas climáticas e possíveis alterações na lei de imigração. Se o resultado for inesperado, o Parlamento pode ter que negociar com força maior para aprovar projetos.
Agora que você já entende o básico das eleições na França, fica mais fácil acompanhar cada fase da disputa. Acompanhe os noticiários, confira as pesquisas e, se estiver no país, vá às urnas no domingo. Cada voto conta para definir o futuro do país e a direção das políticas que afetam todos nós.
Jean-Luc Mélenchon, líder da coalizão de esquerda Nova Frente Popular, se destaca nas eleições parlamentares na França, surpreendendo ao derrotar a extrema direita. Sua liderança e a vitória da esquerda podem impactar os mercados financeiros, dados os possíveis aumentos nos gastos públicos.