Demência Frontotemporal: Guia rápido e prático
Você já ouviu falar de demência frontotemporal (DFT) e ficou na dúvida sobre o que realmente acontece? Diferente da doença de Alzheimer, a DFT afeta mais a personalidade e o comportamento do que a memória. Vamos descomplicar esse assunto, mostrar os sinais mais comuns e dizer o que fazer se você suspeitar que alguém está com a doença.
Principais sintomas
Os primeiros indícios costumam aparecer entre 45 e 65 anos, idade mais jovem que a maioria das demências. Observe mudanças bruscas de humor, falta de empatia, comportamentos compulsivos ou até um desinteresse repentino por hobbies antes amados. A linguagem também pode mudar: a pessoa pode ter dificuldade para encontrar palavras ou, ao contrário, falar muito sem realmente dizer nada relevante.
Outro ponto marcante são os problemas de planejamento e organização. Tarefas simples, como pagar contas ou preparar uma refeição, podem virar um grande obstáculo. Essas alterações costumam ser mais evidentes que esquecimento de fatos, que é o que costuma acontecer no Alzheimer.
Como buscar diagnóstico e tratamento
Se notar esses sinais, a primeira atitude é marcar uma consulta com um neurologista ou psiquiatra especializado em neurodegeneração. O médico vai avaliar o histórico clínico, fazer exames neurológicos e solicitar imagens de cérebro, como ressonância magnética, para confirmar a presença de alterações típicas da DFT.
Não existe cura, mas opções de tratamento ajudam a melhorar a qualidade de vida. Medicamentos que controlam impulsividade, depressão ou ansiedade podem ser indicados. Além disso, terapias ocupacionais e de linguagem são fundamentais para treinar habilidades que ainda estão relativamente preservadas.
O papel da família é crucial. Criar um ambiente calmo, estabelecer rotinas claras e evitar situações de estresse reduz o risco de crises comportamentais. Também vale buscar grupos de apoio, onde parentes e cuidadores trocam experiências e estratégias.
Por fim, mantenha a pessoa ativa. Atividades que estimulem o cérebro – como jogos de memória, leitura leve ou até caminhadas ao ar livre – podem atrasar a progressão dos sintomas. Lembre‑se de adaptar essas atividades ao ritmo da pessoa, sem pressionar.
Ficar informado é o primeiro passo para lidar com a demência frontotemporal. Se você reconheceu algum desses sinais, não hesite em procurar ajuda profissional. Cada intervenção precoce faz diferença na qualidade de vida do paciente e de quem cuida dele.