Tensão na UPA de Ceilândia
Na manhã do dia 18 de fevereiro de 2025, uma cena de tensão tomou conta da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Ceilândia, no Distrito Federal. O motivo? Um homem aguardando atendimento médico perdeu a tranquilidade ao perceber a demora na fila de espera. Em um momento de fúria, começou a ameaçar os profissionais de saúde jogando pedras, o que quase culminou em um desfecho mais grave.
Diante da agitação, a equipe de segurança teve que agir. Foram emitidos alertas aos presentes e, para controlar a situação, um dos seguranças decidiu disparar um tiro de advertência para o alto, buscando dispersar e acalmar o agressor. As tentativas, inicialmente verbais, de conter o homem não foram bem-sucedidas, tornando a ação mais drástica inevitável.
Intervenção Policial e Detenções Anteriores
Logo após o tumulto, policiais foram acionados e rapidamente chegaram ao local. A intervenção foi rápida e o homem foi detido sem outras complicações adicionais. Os profissionais da UPA não sofreram ferimentos, mas a situação expôs as dificuldades enfrentadas pelas unidades de saúde em termos de segurança e a pressão no atendimento à população.
Este evento remete a um caso anterior que ocorreu em junho de 2024, quando uma família foi presa por fazer ameaças verbais e tentar intimidar os funcionários da mesma unidade de saúde. Naquela ocasião, a frustração também partiu do tempo de espera e das condições do atendimento, refletindo um problema contínuo na região.
A recorrência de incidentes como esse levanta questões sobre a segurança nas unidades de saúde, bem como a necessidade de estratégias mais eficazes para lidar com o estresse dos pacientes e suas famílias. Aumentar os mecanismos de segurança e melhorar o atendimento talvez sejam passos importantes a serem considerados para evitar situações tão preocupantes.
Gabriel Henrique Alves de Araújo
fevereiro 21, 2025 AT 04:39A situação na UPA de Ceilândia é um reflexo de um sistema que vem sendo esquecido há anos. Profissionais de saúde trabalham sob pressão extrema, sem estrutura adequada, e ainda são tratados como inimigos por quem precisa de ajuda. Não se justifica violência, mas também não se pode ignorar o desespero de quem espera horas por um atendimento básico. A culpa não é só do paciente, nem só do governo - é de todos nós que permitimos isso continuar.
É preciso investir em mais equipes, mais segurança, mais humanização. Não basta apenas disparar tiros de advertência. Precisamos de políticas públicas reais, não de reações emocionais.
Se não mudarmos a forma como encaramos a saúde como direito, não apenas como serviço, esses episódios vão se tornar cada vez mais comuns.
camila cañas
fevereiro 21, 2025 AT 13:15Outra vez isso acontecendo e ninguém faz nada de verdade só falam em tiro de advertência como se isso resolvesse tudo o povo tá cansado de esperar e os profissionais também deveriam ter direito a paz e segurança mas ninguém escuta só rola o discurso bonito e depois volta tudo ao normal
Yael Farber
fevereiro 21, 2025 AT 20:12Eu acho que ainda tem esperança. Vejo muitos profissionais da saúde se dedicando com amor, mesmo com pouco recurso. Se a gente se unir, cobrar melhorias com calma e persistência, a gente consegue mudar isso. Não é só culpa do governo, nem só do paciente. É da nossa indiferença. Mas a mudança começa com quem ainda acredita que dá pra ser diferente.
Se cada um fizer a sua parte, mesmo que pequena, a gente constrói um sistema mais humano. A gente consegue.
Wanessa Torres
fevereiro 23, 2025 AT 03:11oq eu acho é que o sistema ta tão ruim q o povo perde a cabeça msm... tipo se vc espera 6h pra ser atendido e ta com dor e nao tem agua nem cadeira confortavel... nao é surpresa q alguem joga pedra... mas o tiro de advertencia é tipo um simbolo de que a sociedade nao ta mais disposta a ouvir so ta disposta a silenciar... e isso é triste. 😔
Peter Zech
fevereiro 24, 2025 AT 19:30Quando a gente vê um homem jogando pedras, a primeira reação é de repúdio. Mas a pergunta que não quer calar é: o que levou ele até ali? O que ele perdeu antes de chegar nesse ponto? A fúria é sintoma, não causa. A causa é o abandono sistemático, a desumanização, a falta de escuta.
Segurança armada não resolve a dor de quem não tem acesso à saúde. O que resolve é investimento, planejamento, respeito. E isso não é caro - é uma questão de prioridade. Nós valorizamos o que medimos. E o que medimos hoje é o número de tiros, não o número de vidas salvas.
Se a gente realmente quisesse evitar esses momentos, colocaríamos mais médicos, mais enfermeiros, mais psicólogos, mais estrutura. Em vez disso, colocamos mais seguranças. E aí ficamos surpresos quando a violência explode.
É como colocar um curativo em uma hemorragia e depois se espantar com o sangue no chão.
Milton Junior
fevereiro 25, 2025 AT 21:30Legal ver que o segurança agiu rápido, mas e se fosse um paciente idoso ou uma gestante? Aí a gente não fala em tiro de advertência, fala em tragédia. E isso aqui é só a ponta do iceberg. A gente precisa de um plano de emergência pra UPA, não só de armas. E olha, se o governo não faz, a gente tem que pressionar. Vamos marcar uma reunião com o vereador da região, chamar a imprensa, mostrar que isso não pode continuar. Eu tô dentro se quiserem organizar algo.