Cirurgia de reconstrução facial de vítima brutalmente agredida por ex-jogador de basquete em Natal é adiada

Cirurgia de reconstrução facial de vítima brutalmente agredida por ex-jogador de basquete em Natal é adiada

Agressão brutal em condomínio de Natal choca país

Uma mulher de 35 anos teve sua vida virada do avesso após um ataque violento cometido dentro de um elevador, em Natal, Rio Grande do Norte. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, ex-jogador de basquete, foi flagrado em vídeo desferindo mais de 60 socos seguidos contra a ex-companheira. As imagens que circulam nas redes sociais mostram o método praticamente calculado: com uma das mãos, Igor se apoia na parede do elevador, usando esse ponto de apoio para dar mais força aos golpes, enquanto a vítima está completamente indefesa e não consegue sequer tentar reagir.

A sequência do ataque deixou a mulher irreconhecível, com ferimentos graves no rosto, múltiplas fraturas, mandíbula quebrada e problemas de visão. Assim que as portas do elevador se abriram, ela saiu cambaleando, com o rosto sangrando e desfigurado. Imediatamente socorrida, foi levada às pressas para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, uma das principais unidades de trauma da cidade.

O caso aconteceu no dia 26 de julho e escancarou, com dureza, como episódios de extrema violência de gênero continuam ocorrendo mesmo dentro de prédios aparentemente seguros. A alegação de Igor de que teria tido "um surto claustrofóbico" caiu por terra diante das imagens frias do circuito interno do condomínio. O vídeo, além de devastador, foi usado como prova no aumento da gravidade das acusações contra ele.

Recuperação marcada por incertezas e luta por justiça

Depois de dias de internação, a vítima segue se recuperando em casa, mas a jornada ainda está longe do fim. A cirurgia de reconstrução facial, essencial para reparar os danos, foi adiada por conta do inchaço intenso que precisava regredir antes da intervenção. Médicos remarcaram avaliações para os dias 31 de julho e 1º de agosto, aguardando a melhora do quadro clínico para definir quando o procedimento poderá ser realizado.

O adiamento frustrou amigos, familiares e centenas de pessoas que acompanham o caso e se mobilizaram por justiça. Sem condições de arcar com todos os custos que envolvem cirurgias e tratamentos especializados para as sequelas da agressão, a vítima teve uma vaquinha virtual lançada — iniciativa que vem ganhando força, diante da onda de solidariedade após a divulgação dos fatos e da revolta generalizada nas redes sociais.

Enquanto isso, Igor Cabral teve a prisão convertida para preventiva, justamente diante do risco de fuga e também da reação massiva do público. Ele tentou sumir do radar digital, excluindo perfis em redes sociais após a repercussão viral do caso.

O crime, que corre com investigação aberta pela Polícia Civil, levanta novamente o debate sobre violência doméstica e mecanismos de proteção às mulheres. O cenário em Natal é apenas um dos exemplos trágicos que seguem existindo pelo país afora. O episódio também acende alerta para a necessidade de assistência rápida e eficaz às vítimas, inclusive na hora de garantir acesso a atendimento médico de ponta e amparo psicológico. A expectativa é de que a investigação avance e que a Justiça seja feita diante de tamanha brutalidade — agora registrada para todo o Brasil ver.