Quando Angélica Ksyvickis, apresentadora com quase quatro décadas na TV brasileira, revelou que sua nova produção estreia nesta quinta‑feira (16/10/2025), o público soube que o programa será ao vivo, nas 22h30 (UTC‑3), simultaneamente no canal a cabo GNT e na plataforma Globoplay. O formato, ainda que inspirado nos tradicionais talk‑shows, aposta em jantares íntimos, música ao vivo e interação espontânea – um retorno marcado à televisão aberta após a saída da Rede Globo em 2021.
Contexto e trajetória de Angélica
Nasceu em São Paulo em 1969 e começou a trabalhar na TV aos 13 anos, na extinta Manchete. Em 1996, firmou contrato com a Rede Globo, apresentando programas infantis como Angel Mix e Bom Dia & Cia. A década de 2000 trouxe sucessos como Estrelas, que comandou de 2007 a 2020, consolidando seu apelido de "rainha da TV da manhã". Em 2021, ao encerrar o vínculo com a Globo, Angélica tornou‑se a primeira apresentadora da sua geração a operar sem contrato exclusivo, um movimento que, segundo o Ibope, coincidiu com a ascensão do streaming no país (uso de plataformas cresceu 27 % entre 2020 e 2024).
Detalhes de ‘Angélica Ao Vivo’
O programa, oficialmente intitulado Angélica Ao Vivo, será semanal e não tem data de término definida. A estrutura inclui plateia ao vivo e um elenco fixo: André Luiz Marques da Silva, conhecido como André Marques, ficará responsável pelo segmento culinário, preparando jantares para convidados; já Aline Wirley do Nascimento, ex‑membro do Rouge, comandará a banda. Segundo a coletiva de imprensa realizada em 14/10/2025, Angélica descreveu a proposta como "um espaço de troca e afeto na TV, não para lacrar, mas para conversar com responsabilidade".
- Data de estreia: 16 de outubro de 2025, às 22h30.
- Formato: estúdio com plateia, jantares e música ao vivo.
- Apresentadores fixos: André Marques (culinária) e Aline Wirley (musical).
- Distribuição: GNT (cabo) e Globoplay (streaming premium).
- Duração: episódios de 60 minutos, semanalmente às quintas‑feiras.
Em entrevista ao portal Na Telinha, Angélica afirmou: "Sou muito cobrada pelo público, mas não tenho essa fissura pela TV aberta. Recebo muito esse feedback, e isso me deixa muito lisonjeada, muito feliz, porque afinal são pessoas que gostam de mim, que querem me ver." Ela ainda destacou que a liberdade criativa nas plataformas pagas permite "projetos mais próximos da sua verdade, feitos a quatro, seis, oito mãos".

Reações e expectativas do público
Nas redes, os fãs deram as boas‑vindas ao retorno da apresentadora. No Twitter, a hashtag #AngélicaAoVivo já reuniu mais de 12 mil tweets em trend nas primeiras horas. Já o crítico de TV Leonardo Goulart, da Veja, comentou: "A proposta traz a espontaneidade que falta à TV tradicional. Se o público realmente busca autenticidade, o programa pode redefinir o entretenimento noturno".
Especialistas da mídia apontam que o movimento de personalidades da Globo para o streaming pode acelerar a migração da audiência. Dados da Kantar Ibope revelam que, em 2024, 38 % dos assinantes de TV paga assistiam a conteúdo via plataformas digitais, número que deve superar 45 % em 2026.
Impacto no cenário televisivo brasileiro
A parceria entre Angélica, GNT e Globoplay reforça a estratégia da Grupo Globo de apostar em formatos híbridos – produção premium para TV a cabo e distribuição exclusiva no streaming. Historicamente, o Grupo tem investido em programas de gastronomia e música para atrair públicos de nicho; agora, ao colocar uma apresentadora de grande apelo em um projeto ao vivo, tenta criar um ponto de interseção entre o tradicional e o digital.
O retorno de Angélica também reacende discussões sobre a vida útil das celebridades da TV aberta. Enquanto alguns analistas acreditam que a idade da televisão de massa está chegando ao fim, outros veem nisso uma oportunidade de renovação, citando o sucesso de formatos ao vivo como o da BBC "The Graham Norton Show" que, adaptado ao streaming, continua a atrair milhões.

Próximos passos e possíveis desdobramentos
Depois da estreia, a produção pretende ampliar o número de convidados, incluindo políticos, atores e influenciadores digitais, para debater temas como sustentabilidade, cultura pop e tecnologia. A expectativa é que, ao fim da primeira temporada, os números de audiência sejam comparados com os da época de "Estrelas" para avaliar se o modelo ao vivo e pago pode se sustentar a longo prazo.
Enquanto isso, Angélica mantém o tom tranquilo: "Vivo esse movimento sem ansiedade. Só quero trazer verdade, frescor e leveza para a TV de quinta à noite". Se tudo correr bem, pode abrir caminho para mais projetos de celebridades veteranas que buscam se reinventar em um mundo cada vez mais digital.
Perguntas Frequentes
Como o programa ‘Angélica Ao Vivo’ pode mudar a programação noturna da TV brasileira?
Ao combinar jantar, música ao vivo e debate espontâneo, o programa propõe um formato menos formal que os talk‑shows tradicionais. Se atrair a audiência jovem‑adulta, redes podem investir mais em produções híbridas, reduzindo a dependência de novelas nos horários de quinta à noite.
Quem são os principais convidados esperados para as primeiras semanas?
Ainda não há lista oficial, mas rumores apontam a presença de nomes como a atriz Marjorie Estiano, o chef Alex Atala e o humorista Fábio Porchat, ampliando o leque de discussões entre cultura, gastronomia e humor.
Qual a importância da transmissão ao vivo para o sucesso do programa?
A transmissão ao vivo traz sensação de imprevisibilidade e proximidade, algo que Angélica destacou como essencial para “espontaneidade”. Isso pode gerar engajamento nas redes sociais em tempo real, aumentando a visibilidade e atraindo patrocinadores dispostos a investir em formatos dinâmicos.
O programa será transmitido em qualidade 4K?
Sim. Tanto o GNT quanto a Globoplay anunciaram que a estreia será disponibilizada em 4K HDR, visando atender ao público que já adotou televisores de alta resolução.
Quando será anunciada a segunda temporada?
Não há data fixa. A direção do programa afirmou que a decisão dependerá dos índices de audiência e do retorno do público nas primeiras oito semanas. Caso os números superem a média de 1,2 milhão de visualizações simultâneas no Globoplay, a renovação será divulgada ainda em 2026.
joao pedro cardoso
outubro 18, 2025 AT 23:56Já tinha falado que o streaming tá mexendo com a TV tradicional há anos, e agora a Angélica reforça isso com um talk‑show ao vivo. A gente viu o número de assinantes subir 27 % entre 2020 e 2024, e projeções apontam quase 45 % até 2026. O formato de jantar + música ao vivo cria um ambiente mais íntimo, que costuma gerar maior engajamento nas redes. Sem contar que a presença de convidados de diferentes áreas pode atrair públicos variados. Se a audiência bater 1,2 milhão simultâneos, o modelo pode virar referência pra outras emissoras.