Você já percebeu que um relacionamento saudável traz respeito, apoio e liberdade? Quando falta isso, pode ser sinal de violência doméstica. Não é só agressão física; o caso inclui ameaças, controle financeiro, isolamento e abuso psicológico. Reconhecer esses sinais pode salvar vidas.
Alguns comportamentos são indícios claros: brigas que terminam em gritos, acusações de infidelidade sem motivo ou uso de insultos para diminuir a autoestima da vítima. Se alguém aparece com marcas inexplicáveis, evita sair de casa ou tem medo de falar ao telefone, desconfie.
Observe o padrão de isolamento. Quando o parceiro controla quem a pessoa pode ver, impede que trabalhe ou retire dinheiro, está exercendo violência econômica. A manipulação emocional também é comum: frases como “Se você me deixasse, eu ficaria arrasado” ou “Ninguém vai te amar de novo”.
Se você ou alguém que conhece está nessa situação, a primeira atitude é garantir a segurança. Saia do local se houver risco imediato e procure um lugar seguro, como a casa de um amigo ou um abrigo especializado.
O próximo passo é denunciar. No Brasil, a Polícia Civil tem a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e há o Disque 180, que funciona 24 horas e garante sigilo. Ao ligar, explique a situação com calma e forneça o máximo de detalhes possível.
Além da polícia, há serviços de apoio psicológico gratuitos. Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) oferecem encaminhamentos para psicólogos e assistentes sociais. ONGs como a Casa da Mulher Brasileira disponibilizam acolhimento, orientação jurídica e acompanhamento terapêutico.
É importante também registrar provas. Fotos de lesões, mensagens de texto ameaçadoras ou gravações de chamadas podem ser úteis no processo judicial. Guarde tudo em local seguro, preferencialmente em nuvem ou em um pen drive que outra pessoa de confiança possa acessar.
Se a vítima tem filhos, o risco se amplia. A criança pode ser vítima direta ou sofrer os impactos psicológicos da situação. Leve a criança a um serviço de saúde ou ao Conselho Tutelar, que tem obrigação de investigar e proteger.
Para quem está ao lado da vítima, a postura deve ser de apoio sem julgamentos. Ofereça companhia, ajude a fazer o plano de fuga e acompanhe nas visitas à delegacia ou ao hospital. Não pressione para que a pessoa conte tudo de uma vez; respeite o tempo dela.
Prevenir a violência doméstica começa com educação. Conversas em escolas, campanhas nas redes sociais e treinamentos em empresas ajudam a quebrar o silêncio. Quando todos entendem que agressão não é um assunto privado, a cultura do medo enfraquece.
Se você luta contra o comportamento agressivo, procure ajuda também. Terapias individuais ou grupos de controle da raiva são opções eficazes. Reconhecer o problema já é um grande passo.
Em resumo, ficar atento aos sinais, buscar ajuda imediatamente e apoiar quem está em risco são as chaves para combater a violência doméstica. Não espere que a situação piore; agir agora pode salvar vidas e transformar realidades.
Um homem foi detido em Atalanta, Santa Catarina, após atacar e ameaçar sua esposa em um churrasco. A polícia militar foi acionada por volta das 21h10, apreendendo uma arma e outras evidências. O caso, registrado como violência doméstica, está sob investigação.