Estupro: o que é, como denunciar e onde encontrar ajuda

Se você ou alguém que conhece sofreu violência sexual, a primeira coisa a fazer é saber que não está sozinha(o) e que há caminhos claros para buscar justiça e apoio. Vamos explicar de forma simples o que a lei define como estupro, quais são os passos para fazer a denúncia e onde encontrar apoio psicológico e jurídico.

O que a lei considera estupro?

No Brasil, o estupro é tipificado no artigo 213 do Código Penal: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir outro ato libidinoso. A definição inclui qualquer relação sexual sem consentimento, mesmo que não haja penetração completa. Também são enquadrados como estupro atos como toques íntimos forçados, uso de objetos ou pressão psicológica para obter favores sexuais.

A lei protege todas as vítimas, independentemente de idade, gênero ou orientação sexual. Quando a vítima tem menos de 14 anos, o crime é enquadrado como estupro de vulnerável, com penas mais severas.

Como denunciar o crime

Denunciar não é fácil, mas é o passo essencial para garantir que o agressor seja responsabilizado. Você pode registrar a ocorrência de duas formas:

  • Polícia Civil: vá a uma delegacia especializada em crimes contra a mulher (DEAM) ou procure a Delegacia da Mulher mais próxima. Leve documentos de identidade e, se possível, evidências como mensagens, fotos ou exames.
  • Disque 180: serviço de apoio à mulher que orienta sobre como proceder, aceita denúncias e encaminha o caso para a delegacia competente.

Ao chegar na delegacia, peça que o depoimento seja registrado em áudio ou vídeo, caso se sinta mais confortável. O agente deve garantir o sigilo da sua identidade.

Assistência médica e psicológica

Depois da denúncia, procure imediatamente um serviço de saúde. O SAMU pode levar a vítima a um hospital, onde serão realizados exames de saúde e coleta de provas (por ex., exame de corpo de delito). Esses exames são fundamentais para a investigação e não custam nada.

O apoio psicológico também é indispensável. Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e hospitais públicos oferecem atendimento gratuito. Se preferir, procure ONGs como a Casa da Mulher Brasileira ou a Instituto Maria da Penha, que têm equipes de psicólogos e assistentes sociais.

Direitos das vítimas

A vítima tem direito a:

  • Assistência integral de saúde (emergência, exames, tratamento).
  • Acompanhamento psicológico gratuito.
  • Assistência jurídica, seja por defensoria pública ou advogados da OAB.
  • Medidas protetivas de urgência, como afastamento do agressor do lar ou restrição de contato.

Essas garantias são previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) e na Lei de Acompanhamento Integral das Vítimas de Crimes (Lei 13.869/2019).

Previna e ajude

Prevenção começa com informação. Conversar abertamente sobre consentimento, respeitar limites e ensinar crianças a dizer "não" são atitudes que reduzem riscos. Se perceber comportamentos suspeitos, como isolamento de alguém ou pressão para relações sexuais, denuncie.

Você pode apoiar quem passou por essa situação oferecendo escuta sem julgamentos, ajudando a marcar consultas e acompanhando processos. Não tente resolver o caso sozinho; direcione a pessoa para os serviços oficiais.

Estupro é crime grave e tem consequências sérias para quem o pratica. Mas, com denúncia, apoio adequado e direitos garantidos, a vítima pode reconstruir sua vida e buscar justiça. Não hesite em procurar ajuda – você merece proteção e respeito.

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