O abandono infantil ainda é um problema sério no Brasil. Muitas vezes, ele acontece de forma silenciosa, sem que vizinhos ou parentes percebam o que a criança está vivendo. Saber reconhecer os sinais e saber onde buscar ajuda pode fazer toda a diferença.
Os indícios mais comuns são: falta de alimentação adequada, roupas sujas ou inadequadas para a estação, ausência de cuidados médicos, atraso no desenvolvimento escolar e comportamentos de isolamento. Se a criança aparece sem higiene básica, parece faminta ou tem medo de adultos, vale ficar alerta.
Outro ponto importante é observar a rotina dos responsáveis. Mudanças frequentes de endereço, falta de documentos oficiais da criança ou relatos de que o menor passa longos períodos desacompanhado são indícios fortes de abandono.
Se você suspeita de um caso de abandono infantil, a primeira atitude deve ser procurar o Conselho Tutelar da sua cidade. O serviço funciona 24 horas e pode acionar a equipe de assistência social, além da polícia, se necessário.
Outra opção é ligar para o Disque 100, serviço nacional de denúncias de direitos humanos. A ligação é gratuita e pode ser feita de forma anônima. O importante é não deixar a situação passar despercebida.
Além das autoridades, existem ONGs e projetos sociais que oferecem apoio psicológico e material para famílias em risco. Procure centros de assistência familiar, unidades de saúde ou escolas que costumam ter parcerias com essas organizações.
Participar de projetos comunitários e criar redes de apoio entre vizinhos ajuda a identificar rapidamente situações de risco. Oferecer ajuda a mães adolescentes, pais solteiros ou famílias em situação de vulnerabilidade costuma prevenir o abandono.
Educar sobre os direitos da criança e oferecer cursos de parentalidade são formas eficazes de reduzir a incidência desse crime. Quando a população entende que a criança tem direito à proteção integral, a chance de abandono diminui.
Se você tem espaço em casa ou pode contribuir financeiramente, voluntariar-se em abrigos ou creches pode mudar a realidade de muitas crianças que, de outra forma, ficariam à mercê do abandono.
O Código Penal Brasileiro tipifica o abandono de incapaz como crime, com pena de detenção de 1 a 4 anos e multa. A Lei nº 8.069/1990, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garante o direito à convivência familiar e estabelece a responsabilidade do Estado em garantir assistência social e saúde.
Em casos comprovados, os responsáveis podem perder a guarda da criança, que será encaminhada para um lar adotivo ou entidade de acolhimento.
Entender esses direitos ajuda a pressionar as autoridades a agir com rapidez e rigor.
Abandono infantil não é só um problema das vítimas; é um desafio de toda a sociedade. Ao ficar atento, denunciar e apoiar iniciativas de prevenção, você ajuda a garantir um futuro mais seguro para as crianças.
O influenciador Igor Viana está sendo investigado pela polícia por supostamente maltratar e abandonar sua filha Sofia, de 2 anos, que possui paralisia cerebral. Gravações vazadas mostram Viana expressando desejo de deixá-la em um orfanato e criticando doadores. As ações dele causaram indignação e preocupam autoridades.